quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A FASE INTROJETORIA

ESTA E A INTRODUCAO DO MEU TERCEIRO LIVRO. LEIAM E ME DIGAM SE GOSTARAM. JÃ ESTOU NO QUARTO CAPITULO.





INTRODUÇÃO

Este é um livro que eu sonhava em fazer. Preocupada que sou em deixar para o mundo uma proposta mais justa para aqueles que vem a terra, estou me propondo a deixar registrado todo percurso -pelo menos o que dispomos na atualidade - para fazermos um estado gestacional de mais responsabilidade, sabendo que na formação desse ser será preciso boas propostas dos pais, desde a fase que esses se unem para realizar a gestação até a fase em que a criança se manifestará em adolescente e como adulta.

Escrever este livro me torna mais responsável e ao mesmo tempo mais feliz, pois sei que deixarei registrado o segundo livro do qual tem a finalidade da formação e criação dos seres que Deus nos confia.

Poucas pessoas dão valor à fase introjetória, que é a fase do zigoto até os sete anos de idade, quando o novo ser já está pronto para manifestar na adolescência e na fase adulta as suas qualidades ou dificuldades que lhe foram impressas ou desleixadas no momento de maior exigência e de participação dos pais.

Portanto, ao ler este livro, meu caríssimo leitor você possa se sensibilizar e buscar dar o melhor no momento em que estiver a gestar o seu novo ser. É um momento áureo, e por isso precisa ser de muita responsabilidade e de muito amor. Não é necessário ser somente pai e mãe, é urgente que se venha a participar de cada etapa e que nenhuma dela deixe brecha para um trauma ou má formação psicológica e até somática.

A necessidade de escrever este livro me veio em Lisboa, quando fui para uma especialização em psicoembriologia, que é a nova visão da Psicologia moderna, que trás através das imagens a certeza da participação do feto num EU GESTACIONAL de todo ambiente e a forma como expressa suas emoções em resposta ao externo. Esse era um mundo completamente desconhecido antes da tecnologia de ponta. Hoje podemos acompanhar todo desenvolvimento e todas as emoções produzidas pelo feto.

Portanto, espero que o leitor se sinta alertado para o momento de gestar, pois o que vemos são pessoas completamente descompromissadas desse momento tão especial e que requer um conhecimento de causa e de efeito. Lendo este livro, amanhã você não poderá dizer que errou por falta de conhecimento. Leia, perceba o que pode fazer de melhor para contribuir com a chegada de um ser que é completamente vulnerável a tudo que dermos. É nesse dar que será necessária toda sua atenção. Se der pouco amor e atenção, formará um caráter abandônico, e se der demais, sufocando, poderá emperrar o desenvolvimento de uma personalidade independente e forte para os embates da vida. O que você verá aqui é o chamado ‘caminho do meio’, tão defendido pelos indianos, que é o caminho do equilíbrio, é o caminho do amor verdadeiro. Quem ama tem a dosagem certa de dar e receber este amor.
Dra. Solange Meinking



CAPÍTULO I

O PRIMEIRO MOMENTO


Se você está pensando em fazer um filho, cuidado! Não pense que é tão fácil como pensa. Se você acha que fazer filho é só deitar com um homem e manter relações sexuais, está muito enganada. Refiro-me as mulheres dessa forma por que a gravidez está na mão delas. São as mulheres que dão o SIM para um estado gestacional. Portanto, é dela que se espera o equilíbrio para fazer desse momento o mais responsável possível.

Primeiro que filho não se faz sozinha, portanto, nada de fazer filho sem consentimento do companheiro. Ele precisa ser prestigiado nessa decisão, até porque, ele será o fator principal para a formação educacional, tanto quanto a presença materna. Eu sempre digo que o homem é o SOL da relação, ele tem que vir para iluminar e precisa ser respeitado na decisão de ser pai.

Na maioria dos casos de abandono dos homens no estado gestacional é devido a não participação dele nessa decisão, dessa forma se estabelece uma não aceitação a esse momento que o filho introjetará. Filho é coisa muito séria e vai exigir de todos muita dedicação e amor, e a parceria de pai e mãe será imprescindível para uma boa formação educacional para o futuro cidadão.

Portanto, o primeiro momento é a combinação entre o casal em decidir o estado gestacional, pois é dessa decisão que já nascerá a educação que vai influir no caráter e construção interior do futuro ser. Digo isso, porque, quando não se combina para que juntos possa vir a decisão de se ter um filho, o abandono por parte do homem será uma das causas que mais influenciará na desconstrução interior do novo integrante da família. A rejeição será explícita e com isso, o pai não contribuirá satisfatoriamente para a sua educação.

Assim, também, não deve a mulher engravidar só para agradar ao homem, ou até mesmo para agradar a sociedade, onde eu intitulo de filhos do ‘EGO’. São filhos só para mostrar que são reprodutores. Precisamos sair dessa concepção animal e prestarmos mais atenção no que realmente queremos no momento que estamos formando uma família.
Formar família é decidir juntos tudo, principalmente a quantidade de filhos e como vão criar em todas as circunstâncias que a vida se apresentar. Até porque, surpresas acontecem e precisamos nos preparar para elas. Como o casal irá enfrentar as deformidades que por ventura apareçam no bebe? E se nascer com alguma doença congênita e que vai exigir demais a atenção dos pais, como ficarão frente a isso? Portanto, o preparo para ser pai e mãe, deve nascer no diálogo constante entre o casal para deixar bem claro todas as situações que por ventura venham ocorrer.

Dialogue bastante sobre quantos filhos o casal está preparado para receber, quanto tempo vai dar para vir outro. A situação financeira para recebê-los, em que escola vão poder colocá-los, que médico pediatra vão poder escolher. Enfim, tudo que diz respeito a caminhada desse novo integrante.

Filho não é, e nunca foi brinquedo, eles pensam, crescem e o resultado refletirá no amanhã.
Então conhecer o futuro papai e a futura mamãe será de primordial importância para que tudo dê certo. Veja também quem serão os avós, os titios, primos, todos eles serão a parte da sociabilidade que a criança terá no seu convívio primeiro. Quando não se presta à devida atenção nas famílias, muitos problemas surgirão. Muitos deles iremos falando no decorrer deste livro.

Também está na moda a gravidez independente, como psicanalista não aprovo. Vejo que tem pessoas que se empenham a criar filhos sozinhos. Muitos até querem substituir uma das imagens, e esta comprovada que a imagem ‘materna e paterna’ é imprescindível e insubstituível. Ninguém, digo, ‘ninguém’, substitui pai e mãe. Existe um elo que é impressionante, é algo transcendental, que busca a sua identificação, a sua origem, não aceitando por completo o arranjo da substituição. Digo isso por ver resultados de filhos que tiveram uma das imagens substituída e que não se conformam em terem a mãe ou o pai distantes ou até mesmo desconhecidos.

Portanto, não pule etapas, namore, conheça e decida quando ter um filho. Tenha no momento certo e com a pessoa ideal, a que você escolheu para conviver e amar. Não se precipite, o momento certo deve ser o que inteligencialmente ‘vocês’ perceberam ser o melhor.